Agrotóxicos e Colonialismo Químico, de Larissa Mies Bombardi. Editora Elefante, capa mole em português
em 12x
- Capa do livro: Mole
- Manual.
- Número de páginas: 108.
- ISBN: 09786560080225.
Características principais
Título do livro | Agrotóxicos e Colonialismo Químico |
---|---|
Autor | Larissa Mies Bombardi |
Idioma | Português |
Editora do livro | Elefante |
Capa do livro | Mole |
Outras características
Quantidade de páginas: 108
Tipo de narração: Manual
ISBN: 09786560080225
Descrição
Este livro compila dados alarmantes que nos permitem começar a compreender a gravidade do problema representado pelo uso massivo de herbicidas, pesticidas e fungicidas para a saúde humana e para o meio ambiente, uma consequência direta da globalização da agricultura, da concentração fundiária brasileira e da onipresença do agronegócio no país. Da leitura, emerge a certeza de que produção agrícola deixou de ser sinônimo de produção de alimentos, e que a saída está na agroecologia.
Para alguns, este livro servirá de ponto de partida para entender como foi possível que um único sistema agroalimentar se espalhasse fisica e ideologicamente pelo planeta. Para outros, será um ponto de interrogação: por que cultivos que não alimentam seguem se expandindo ano após ano — e, pior, contando com uma profunda complacência diante da promessa eternamente renovada de que a solução para o problema da fome está finalmente a caminho? No Brasil, a soja, esse grão exótico que nenhum de nós come, é o vetor de uma guerra cultural chamada agronegócio. É o micro-organismo que une o latifundiário dos Pampas ao grileiro de Santarém, no Pará, o prefeito no interior de Mato Grosso ao desembargador no litoral da Bahia, o cantor sertanejo ao dono do frigorífico. Debaixo de colheitadeiras e biotecnologia, por trás da face tech, o recurso didático é o mesmo de sempre: a pólvora. É o colonialismo na forma de venenos que os europeus já não querem e do mito da agricultura de precisão, que fumiga os vizinhos dos latifúndios, adoecendo o corpo e afetando a mente. Junto com o casco do boi, a soja transgênica expulsa o Guarani e o Kain gang no Sul, o beiradeiro da Amazônia e o geraizeiro no Cerrado. A onça, a sucuri e a capivara. O arroz, o feijão e a mandioca. Expulsa, violentamente, a crítica — inclusive a de Larissa, obrigada a se mudar para a Bélgica após uma série de episódios traumáticos. Quando tudo já era suficientemente trágico, eis que o agronegócio e o mercado financeiro encontraram no bolsonarismo a possibilidade de catapultar a acumulação primitiva e a destruição do planeta. Desse encontro nasceram o dinheiro e a.